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Transição Energética justa no setor metalúrgico

Transição Energética justa no setor metalúrgico

Transição Energética justa no setor metalúrgico

 A transição energética é o centro de muitos debates em todo o mundo, mas nem todas as pessoas entendem o que é, em que consiste, quais os objetivos e como implementá-la.

Quando falamos no Brasil, comparando com outros países, estamos bastante avançados, afinal, a matriz energética brasileira já é 45% renovável, ou seja, o país emite muito menos carbono.

Descubra agora todas as informações para compreender o que é e os principais objetivos da transição energética.

 O que é transição energética?

A transição energética designa o conjunto de transformações do sistema de produção, de distribuição e de consumo de energia efetuadas em um país, com o objetivo de torná-lo mais sustentável.

Em termos concretos, essa transição visa transformar um sistema energético para reduzir seu impacto ambiental.

Confira três pilares principais da transição energética:

  • A transformação do sistema de produção energético, que consiste em passar de um sistema energético essencialmente baseado em energias fósseis e poluentes para um sistema pautado em energias renováveis e menos poluentes;
  • A eficácia energética, que tem o propósito de melhorar o desempenho de nossos sistemas energéticos;
  • A consciência energética, que envolve reduzir nossas necessidades de energia graças a mudanças estruturais e uma transformação de nossos modos de consumo.

Na verdade, a combustão de energias fósseis, como o petróleo e o carvão, é a principal causa do desequilíbrio climático, haja vista que a combustão dessas energias emite uma grande quantidade de dióxido de carbono.

As energias fósseis não são renováveis, pois, uma vez consumidas, elas não podem ser reaproveitadas.

Portanto, a transição energética é essencial nas estratégias de desenvolvimento sustentável e na luta contra o efeito estufa.

Qual o objetivo da transição energética?

O principal objetivo da transição energética é reduzir as emissões de CO2, visto que é o grande responsável pelo efeito estufa, de maneira a desacelerar o aquecimento climático.

Para isso, é necessário reduzir o consumo energético em todos os setores, de maneira a consumir menos e melhor, deixando de usar pouco a pouco as energias fósseis em prol de recursos energéticos naturais e renováveis, como água, vento e sol.

Em escala mundial, o protocolo de Kyoto (1997) e o Acordo de Paris (2015) fixam os objetivos da redução das emissões de gases efeito estufa e de neutralidade do carbono até 2050.

Essa transição é um processo longo, que demanda a adoção de uma legislação adaptada aos diferentes setores da economia.

 Para que serve a transição energética?

A transição energética se tornou uma questão pública por diversas razões, e entre elas, podemos citar os problemas climáticos, as questões de saúde pública ou até a questão do preço da energia e desenvolvimento econômico.

É claro que um dos objetivos fundamentais é combater o aquecimento global do planeta, sendo uma ameaça real para as sociedades.

Sendo assim, é necessário mudar o modelo de produção energética, apostando em energias renováveis como a solar ou eólica.

Mas a transição não tem somente um objetivo climático, visa também reduzir o impacto ambiental, por exemplo, reduzindo a poluição decorrente da produção energética convencional.

Vale ressaltar também que a transição energética tem também um objetivo sanitário, visto que a poluição do ar tem consequências na nossa saúde, particularmente a saúde respiratória.

Por fim, muitos defensores da transição energética estimam que é um meio de crescimento, afinal, as energias fósseis são mais caras, que têm um impacto no crescimento.

Por sua vez, ao fazer a transição para formas de energia mais acessíveis como as renováveis, isso permitiria igualmente criar novos empregos nestes novos setores.

Como implementar a transição energética

A implementação da transição energética demanda o comprometimento de empresas, nações e da própria sociedade.

Essa transição é baseada em três processos, os quais descreveremos abaixo:

Descarbonização gradual e eletrificação

Para reduzir de maneira significativa as emissões em todo o mundo, é preciso diminuir as emissões dos processos de produção de óleo e de gás.

Quanto à eletrificação, consiste em substituir combustíveis fósseis por fontes renováveis. E um bom exemplo são os carros elétricos, que além de permitir reduzir essas emissões, melhora a qualidade do ar.

Entretanto, a eletrificação não deve se limitar aos veículos elétricos, mas se estender para outros setores, como as indústrias.

Produtos de baixo carbono

Como o nome já indica, produtos de baixo carbono caracterizam-se por emitir menos gases efeito estufa, diminuindo assim os impactos ambientais.

Entre os produtos de baixo carbono, podemos destacar os biocombustíveis, produzidos a partir de matéria animal ou vegetal.

Fontes de energia renováveis

Fontes de energia renováveis têm a capacidade de se regenerar, portanto, não se esgotam, além de emitir muito menos CO2 que os combustíveis fósseis.

Nesse cenário, merece destaque a energia eólica e o hidrogênio verde.

Portanto, investir em fontes de energia renováveis é o caminho para que a transição energética se concretize no futuro.

 Entenda a transição energética no Brasil

Como dito anteriormente, a transição energética no Brasil está muito avançada com relação a outros países.

Apenas para você ter uma ideia, nos últimos cinco anos, a geração de energia eólica e solar no Brasil multiplicou, e atualmente, já superam a energia elétrica obtida de gás natural.

Ao contrário de muitos países em que o setor de energia é o maior responsável por mudanças climáticas, o Brasil emite muito menos carbono.

Além disso, o Brasil se comprometeu com diversas iniciativas para reduzir as emissões de gases efeito estufa, e uma delas é reduzir em 50% até 2030.

Outros compromissos também foram assumidos, como a neutralidade das emissões até 2050 e acabar com o desmatamento ilegal até 2028.

Obviamente que existem muitos desafios a enfrentar ao longo dessa transição, contudo, vem acompanhada de inúmeros benefícios, como uma legislação voltada para energias renováveis.

Dessa forma, fomenta a implementação de novos projetos rumo a uma transição energética realmente eficiente.

Conclusão

O modelo de transição energética estimula um consumo e produção responsável dos recursos energéticos.

Trata-se igualmente de garantir a independência energética dos países a fim de reduzir os custos com energia, direcionando-se para fontes de energia sustentáveis, naturais e locais.

Os programas de transição energética variam de acordo com os países e contextos, porém, todos se baseiam na substituição gradual das energias fósseis por energias renováveis, bem como redução do consumo, uma política de economia de energia e diminuição de desperdícios energéticos.

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